segunda-feira, 23 de novembro de 2009

"Post" - Björk - 1995

Como muitos que me conhecem sabem, eu sou um rato de sebo. Explico: sebos são locais em que sãos vendidos materiais usados, como livros, discos, CDs, gibis e coisas assim. Existem sebos bons, que tratam bem do livro, lavam os CDs, arrumam os gibis; e existem sebos ruins que não fazem nada disso. Eu já achei coisas ótimas em sebos pagando quantias inimagináveis para o bem ou para o mal (ou seja, muito baratas ou muito caras).


Pois bem. Eis que estava eu garimpando em um dos sebos de Campinas-SP, quando vi que havia uma caixa de CDs a preços destruidores como dois reais, cinco reais, oito reais. Originais, para deixar bem claro, porque eu não compro coisas piratas, me recuso.


E achei um cd dessa tal Björk. Ela não era uma total desconhecida, pois é famosa no meio musical por sua excentricidade e roupas espalhafatosas, e eu, que estou sempre antenado, já tinha ouvido uma história ou duas sobre sua pessoa. Comprei o tal cd, “Post”, junto com outros que vim a descobrir serem muito menos interessantes que esse. Coloquei no rádio do carro e torci pra que não tivesse gastado meu dinheiro em vão.


A primeira música - "Army of Me" - abre com uma bateria forte eletrônica e guitarras, coisa meio impensada para mim e a letra diz “Se você reclamar uma vez mais/você vai encontrar um exército de mim”. E eu pensei então: “uau”. Gostei da força da canção e continuei a ouvi-la. Foi, porém, na quarta música, que deu-se a mágica. “It’s Oh So Quiet” é de um musical antigo que Björk repaginou e ficou muito legal. A partir daí eu sabia que tinha sido fisgado. Saí procurando tudo que podia sobre ela, comprei os CDs que achei pelos sebos da cidade e fiz uma mini-coleção. Assisti ao filme que ela fez, “Dançando no Escuro”, dirigido por Lars Von Trier, e adorei (o filme merecerá um texto mais pra frente).


Não é fácil de gostar de cara, pois ela é sim vanguardista e inovadora. Demora um pouco. Até que se dá clique. Björk (que é da Islândia) é aquele tipo de artista que se ama ou se odeia. Eu fico feliz em dizer que a amo! Fora o fato de ela ser extremamente fofa em entrevistas!


Apesar de parecer novinha (pelo rosto e também pela voz), Björk já tem quarenta e três anos e também tem fortes posições políticas. Foi extremamente criticada em 2008 por ter sussurrado “Tibet, Tibet, Tibet”, em uma apresentação na China, durante a canção “Declare Independence”. Eu particularmente achei super corajoso da parte dela.


Enfim, escutem e me contem o que acharam! Sigam o link de uma de minhas músicas favoritas e com um clipe ótimo aqui!

Um comentário:

  1. Sempre achei que o Post fosse o melhor disco para quem quer conhecer o trabalho da Björk. Acho um disco mais pop e relativamente fácil de escutar.

    Eu comecei vendo alguns vídeos e de cara me surpreendi com os vídeos mas odiei as músicas. Depois de tanto ver o vídeo de All is Full of Love me acostumei com a música e baixei o Homogenic que achei bem fraco.

    Um bom tempo depois vejo o (incrivel) clipe de Desired Constellation e decidi dar mais uma chance. Ouvi o Medulla que me fisgou. Hoje considero o segundo melhor disco dela, logo atrás de Vespertine.

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